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Amores Roubados: Um conjunto feliz


Por Rafael Barbosa


Se encerrou na última sexta-feira (17/01), a minissérie de George Moura “Amores Roubados”, que durante os dez capítulos que esteve no ar, foi um grande sucesso de publico e crítica e o Cabide não poderia deixar de falar dessa grata surpresa que nos foi dada de presente nesse comecinho de ano.

Amores Roubados foi uma dessas raras produções atuais em que o conjunto funcionou maravilhosamente bem. Na maioria das vezes, por melhores idéias que se tenha, por mais capricho e empenho que haja em suas execuções, sempre fica alguma coisinha fora do lugar, ou outra que poderia ser melhorada, mas no caso de Amores Roubados isso não aconteceu, tudo esteve na mais perfeita sintonia. Bem, não sei, mas acho que talvez o universo também tenha conspirando a favor para que tudo corresse assim tão bem (rs).  A minissérie não ficou devendo em nada para a grandiosa O canto da sereia do ano passado.


A direção primorosa de José Luiz Villamarim, a escalação certeira do elenco, uma trilha sonora bem escolhida, uma estética de fazer brilhar os olhos, o texto delicioso e um roteiro arrasador: Absolutamente tudo funcionou, foi o casamento perfeito. As chamadas eletrizantes talvez tenham sido as responsáveis por certa frustração com o ritmo apresentado no primeiro capítulo, que se dedicou mesmo na apresentação de seus personagens e de uma historia um tanto nebulosa, onde o clima de tensão e expectativa se fazia presente, mas que ainda não nos permitia saber para onde ela iria nos levar. Nos capítulos seguintes, a história foi se desenvolvendo calmamente, sem nenhuma pressa, apresentando grandes cenas, várias surpresas e quanto mais perto se aproximava de seu clímax, mais o público foi sendo fisgado. O ritmo mais lento coube na trama e ter aberto mão da agilidade exigida atualmente pelo público em tudo que é produção, se mostrou um acerto. O sotaque nordestino dos personagens, que soaram um tanto fake, também pode ser apontado como uma única e pequena mancha no conjunto geral da minissérie, mas de tão mínima não incomodou.


A série soube usar e abusar da sensualidade com beleza, proporcionando ótimas cenas “quentes”, mas foi bem mais além do que isso. Pessoalmente, uma das coisas que mais gostei na série, foi o teor psicológico do enredo, o mergulho profundo nos sentimentos dos personagens, a habilidade de explorar a tragédia com precisão e a poeticidade que por vezes esteve presente na narrativa. 

A série promoveu grandiosas cenas que sem exagerar, podemos chamar de épicas, dentre as quais gostaria de citar: A cena em que Leandro abre seus sentimentos para Antonia; em que ele consegue selar a paz com sua mãe, Carolina; toda a seqüência da morte de Leandro; a cena em que Jaime intimida a mulher ao contar que Leandro fugiu; a cena em que mãe e filha choram pelo mesmo homem, a cena em que Antonia, Celeste e Isabel se dão conta que dividiram Leandro; a morte do pai de Isabel; a surra que Celeste levou do marido; quando Antonia descobre a verdade sobre o sumiço de Leandro; quando Isabel confronta Jaime sobre a morte de Leandro e a seqüência da morte de Jaime, dentre muitas outras. Todas essas primorosas cenas não seriam possíveis se não fossem o trabalho impecável do timaço de atores e atrizes que formaram o elenco: Cássia Kiss, Dira Paes, Patrícia Pillar estiveram bárbaras em todos os momentos, Isis Valverde mais uma vez impressionou e fez lindamente sua protagonista, Murilo Benício esteve genial e espetacular como sempre, além dos trabalhos primorosos de Osmar Prado, Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa. Seria injusto não elogiar a evolução e empenho de Cauã Reymond, que não comprometeu e nem fez feio como o onipresente protagonista Leandro.



        Enfim, Amores Roubados se vai marcada como uma série que valeu a pena ver, deixando cenas e atuações inesquecíveis, como sendo referencia em qualidade, e mostrando mais uma vez o potencial de George Moura, que se mostra um baita autor. As lembranças dessa minissérie serão as melhores possíveis e dificilmente alguma coisa superará a produção em qualidade ao longo deste ano, talvez O rebu, o novo remake da faixa das 23 horas na Globo, que  também será escrita por George Moura.


 E vocês cabideiros, o que acharam de Amores Roubados?

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