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#ProntoFalei - G3R4Ç4O BR4S1L: Não é cheia de charme, mas é uma ótima companhia às sete da noite!!


Por Rafael Barbosa


Cercada de expectativas e anunciada como a novela dos mesmos autores de “Cheias de Charme”, dado o sucesso desta, Geração Brasil fez sua estréia dia 05 de maio se mostrando uma trama bastante promissora. Agora, já com mais de um mês de exibição, se firma como uma ótima e divertida companhia no horário das sete horas na Globo.
A novela entrou em cena apresentando um ótimo elenco, uma direção afiada e competente, um texto saboroso e uma historia no mínimo interessante, ágil, com ótimos personagens. Mas, apesar disso, ao passo que a trama foi se desenvolvendo, as comparações com o trabalho anterior da dupla de autores Filipe Miguez e Isabel de Oliveira, o grande sucesso Cheias de Charme – Saudades de Chayene e empreguetes (risos) – foram inevitáveis, e para os fãs da outra, como para este que vos escreve, faltava alguma coisa em Geração Brasil.
Particularmente, com o passar dos capítulos, o excesso de tecnologia e o fato da trama central ser um tanto nebulosa, me incomodaram um pouco. A novela foi me agradando mais pelos ótimos diálogos e seus ótimos personagens, como Jonas Marra, Pâmela Parker, Verônica, Barata, Megan, Doroty, Gláucia, Ernesto, Luene, Manu e outros. Quanto à história mesmo, essa demorou mais para me prender a atenção, diferente de Cheias de Charme, que logo de cara me envolveu e ganhou lugar cativo no meu coração noveleiro.


Em minha opinião, analisando as duas obras, Cheias de Charme foi uma proposta simples, uma receita bem feita com ingredientes clássicos, com tramas e personagens de fácil identificação com o público, mas sem deixar de estar antenada com o mundo moderno. Soma-se a isso a habilidade e inteligência dos autores em criar um universo atraente e charmoso para a obra e de ousar ao se valer de recursos antes não usados para chamar a atenção do público, como a interação com a internet, que acabou fazendo da novela um grande sucesso e inesquecível. Em Geração Brasil, os autores repetem o feito de Cheias de Charme, desenvolvendo uma trama com apelo popular mais contido e que quer mesmo vestir a camisa de novela moderna, tendo a internet como grande aliada na busca por conquistar o público, daí as várias formas de interação entre as duas mídias. Mas desta vez, eles se permitem arriscar mais ao desenvolver uma trama mais complexa, com personagens bem mais delineados, o que exige do público um pouco mais de compreensão, o que somado a toda a essa abordagem tecnológica, pode ter frustrado o mesmo público que só precisava torcer, rir e se emocionar com a saga das empreguetes e trapalhadas de Chayene.


De qualquer modo, não é justo analisar Geração Brasil em cima de Cheias de Charme. Apesar de serem dos mesmos autores, são duas novelas diferentes, e que bom que tem suas diferenças. Analisando apenas a atual novela, vejo que esta vem melhorando cada vez mais. A tecnologia passa a dividir mais espaço com os conflitos amorosos e familiares, como o romance entre Davi e Manuela, e o quadrado amoroso formado por Jonas, Pâmela, Verônica e Herval, entre outros, o que deixa a novela mais empolgante. A trama principal vai ficando cada vez mais clara, se mostrando bem amarrada, conforme os mistérios a cerca do protagonista cheio de Marra vivido muito bem por Murilo Benício vão sendo revelados. E claro, não se pode deixar de dizer que mais uma vez os autores acertam ao unir televisão e internet para tentar prender o público, ainda mais nesse período em que fica fora do ar por causa da Copa. Maravilhosa a estratégia para manter o interesse do público durante os jogos, convidando a nós telespectadores para participar da novela, já que o aplicativo “Filma-e” criado por Davi e Manuela foi feito para bombar tanto na ficção como na realidade, e é do que depende o reality no qual a historia se sustenta atualmente. Além de tudo isso, o texto dos autores segue delicioso e impagável, a novela tem um bom ritmo, e o elenco está impecável, com destaque para: Benício, Cláudia Abreu, Taís Araújo, Luis Miranda, Lázaro Ramos, Isabelle Drummond, Aracy Balabanian, Chandelly Braz, Titina Medeiros, Rodrigo Pandolfo, Felipe Abib, Leandro Hassum e claro, a ilustre presença de Renata Sorrah, que ainda tem tudo para render mais com sua vilã Gláucia Beatriz.


Enfim, talvez falte o charme que nos arrebatou em Cheias de Charme na atual Geração Brasil, mas de qualquer forma, nossa atual companheira das sete se mostra uma ótima opção para quem quer curtir uma boa novela, que cumpre com competência o dever de entreter e divertir. Ao que se vê, os autores não se acomodam e mostram que estão bem empenhados em oferecer essa boa novela que queremos ver.  A audiência e repercussão não chegam nem perto do que Cheias de Charme alcançou, mas isso tem tudo para ser revertido ou ao menos, amenizado. Talvez esperar o mesmo sucesso, fosse querer de mais mesmo, não é? Que Geração Brasil siga melhorando e empolgante, voltando com tudo depois da Copa. O que Jonas Marra e sua trupe ainda nos reserva? Vamos acompanhar! 

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