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ENTREVISTA com Pedro HMC, o criador do "Põe na Roda"


Por Fábio Dias


Após participar da matéria que fizemos mês passado (clique e confira), Pedro HMC o criador do Põe na Roda, está de volta no Cabide para falar mais sobre o Canal. Na entrevista abaixo ele conta como foi e como surgiu o convite para serem entrevistados no Programa do Jô, conta sobre a parceria com a ONU, escolhe seu vídeo favorito no canal e muito mais, confiram!

Os primeiros vídeos do canal eram sempre com muito humor. À partir do vídeo das mães que sem querer acabou emocionando quem assistia, vocês começaram a revesar com vídeos mais sérios. No início do projeto você tinha planos de fazer vídeos com teor mais sério? Como foi essa transição? 

Sinceramente, não tínhamos intuito de fazer vídeos sérios a princípio. Foi depois de pensar no humor e lançar vídeos engraçados, que percebi que, por ser gay o canal, também abraçamos uma causa social. E a repercussão do vídeo de Dia das Mães foi incrível, aí vi a necessidade de se debater o tema também de forma séria. O público é realmente carente de conteúdo gay que consiga entreter e informar ao mesmo tempo.




Como funcionará a parceria com a ONU Brasil? 
Este foi outro convite que nos deixou muito estarrecidos, afinal, é a ONU. Somos um canal de vídeos pra Internet com 6 meses de existência apenas. Eles mandaram e-mail apresentando essa Campanha Livres e Iguais, que tem objetivos muito em comum com os do nosso trabalho: a inclusão do gay no mercado de trabalho, combate ao preconceito, mostrar que ser gay "tudo bem"... Então fomos convidados a ser parceiros dessa campanha, mostrando que apoiamos a abordando alguns temas chave da campanha (como já fizemos com "Preconceito no Mercado de Trabalho" no vídeo "Entrevista de Emprego). Na verdade nosso trabalho é desenvolvido da mesma forma, mas contamos com o selo e apoio deles, que também podem usar nossos vídeos em convenções e eventos que debatam os temas, o que para nós é uma honra. Um próximo planejado será sobre a mudança de nome civil de travestis e transexuais.

Como surgiu o convite para participar do Programa do Jô? Qual foi a sensação de vocês em serem entrevistados por esse ícone?
Meu celular tocou e era a produção do Jô. Fiquei tão chocado, cheguei a achar que era trote de cara. Mas eram eles mesmos, dizendo que leram a matéria que o Jornal o Globo fez sobre o canal, perguntando se toparíamos uma entrevista com o Jô. "Óbvio! Quando? Agora??". Algumas semanas depois gravamos e passou no mesmo dia. A sensação foi surreal, porque, como você disse, o Jô é um ícone, né? Rolou um nervosismo, claro, mas ele foi tão amável com nós três que a entrevista rolou muito numa boa. E ainda hoje me choco de lembrar que estive no sofá do Jô. Rs




Hoje com o crescimento e reconhecimento do canal sentem uma responsabilidade maior?

Sim. O crescimento gera uma responsabilidade e também existe cobrança e expectativa por parte do público que já aguarda os vídeos. De qualquer forma, tento não pensar muito nisso, porque acho que limitaria a criatividade, ou eu começaria a me podar. Isso é um risco, mas prefiro até errar e pesar a mão do que ficar me prevenindo demais e correr o risco de ficar previsível ou sem graça.


Em um dos vídeos do Põe na Roda Ao Vivo vocês declararam que ainda não tinham patrocínio. E hoje, com todo esse reconhecimento e qualidade nos vídeos já conseguiram algum patrocínio?

Conseguimos fazer algumas ações comerciais em vídeos específicos, com Olla e um produto chamado Inm4You. Mas patrocínio fixo ainda não.


Qual seu vídeo favorito nesses cinco meses de produção e por que?

Não consigo escolher um favorito, seria como pedir para mãe escolher um filho. Até porque os formatos são muito diferentes. Não tenho como comparar "Heterofobia no Futebol" com "E dentro do armário" com "Opção Sexual?". Um é esquete, outro é depoimento, outro reportagem... Posso falar qual vídeo mais me marcou. Foi o "Afinal, e dentro do armário?". Foi fácil de produzir, mas extremamente difícil pessoalmente ouvir todos aqueles depoimentos e histórias, que me deixaram extremametne reflexivo sobre a condição com que a sociedade e muitas religiões tratam muitos gays, que acbaam tendo uma vida pela metade, escondidos, sem a possibilidade de serem plenamente felizes. O feecback que recebemos desse vídeo, de enrustidos que assistiram e se identificaram, e quiseram falar com a gente depois disso, também foi impressionante.

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