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MÃES - As heroínas da vida real e da ficção


Por Rafael Barbosa


Hoje, é uma data muito especial, afinal é dia das mães, aquelas que possuem o maior amor do mundo. Não importa a religião, a cultura, o meio social em que vive e entre outras diferenças, todas as mães se igualam quando se trata de proteger e defender com unhas e dentes sua cria. Aproveitando a data, que tal relembrarmos as grandes mães que passaram pela nossa telinha? Afinal, tal como na vida real, a ficção apresenta mães de todos os tipos. É um dos arquétipos mais explorados e que sempre funcionam dentro da teledramaturgia, rendendo grandes momentos, cenas e personagens marcantes. 

São elas as grandes heroínas de nossas telenovelas, mulheres dispostas a renunciarem tudo, até sua felicidade em nome do amor por seus filhos. São também capazes de cometerem atitudes questionáveis para protegerem os mesmos. As famosas Helenas criadas pelo autor Manoel Carlos, são grandes representações dessas mães capazes de tudo por um filho. O Brasil parou quando a Helena (Regina Duarte) de Por Amor trocou seu bebe vivo pelo neto morto, para que sua filha Eduarda (Gabriela Duarte) não sofresse o duro golpe de ter um filho morto e de saber que jamais poderia ser mãe novamente, já que não poderia mais engravidar. E quem não se comoveu com a Helena (Vera Fischer) de Laços de Família que abriu mão de um grande amor por duas vezes, na primeira para que a filha, Camila (Carolina Dieckman) se casasse e fosse feliz ao lado de seu até então namorado. E na segunda para engravidar do pai biológico de Camila, e tentar salvar a vida da jovem que lutava contra uma leucemia.


Tivemos aquelas mães guerreiras, trabalhadoras, que lutavam todos os dias para dar o melhor aos filhos. Como a famosa dona Xepa (Yara Cortês) - que mais tarde estará de volta às telinhas em uma nova adaptação da peça teatral de Pedro Bloch, feita pela Rede Record, desta vez vivida por Ângela Leal – uma feirante que dava um duro danado para ver os filhos encaminhados na vida. A Raquel Aciolli (Regina Duarte) do grande sucesso Vale Tudo, divorciada, honesta e batalhadora, sempre lutou para criar sua filha, a mau caráter Maria de Fátima (Glória Pires) que lhe fez comer o pão que o diabo amassou. Recentemente, tivemos Griselda (Lília Cabral), o famoso Pereirão de Fina Estampa, que com uma figura masculinizada ganhava a vida prestando serviços como marido de aluguel e dona Dulce (Cássia Kiss Magro) de Morde e Assopra, a faxineira que vendia cocadas nas ruas. Ambas com o mesmo objetivo de sustentar os filhos e vê-los um dia formado em doutores. Todas essas citadas acima, sofreram com a ingratidão e com a vergonha que seus respectivos filhos sentiam por elas.


Acompanhamos a luta da retirante Maria do Carmo (Susana Vieira) em Senhora do destino, para reencontrar a filha Lindalva, caçula de 5 filhos que lhe foi roubada quando chegou ao Rio de Janeiro. Ela venceu na vida e criou os filhos que restaram com o suor de seu trabalho, mas nunca desistiu de encontrar a menina roubada. Mais tarde ao encontrá-la, tem de lutar para reconquistar o amor desta e disputá-la com a mãe de criação, a seqüestradora e antológica Nazaré (Renata Sorah), que do seu jeito também amava a filha que não era sua, a qual batizou de Izabel.

Assim como Maria do Carmo, tivemos outras mães fortes e determinadas, como a Tereza (Lília Cabral) de Viver a Vida, que ficou o tempo todo ao lado da filha que ficara tetraplégica após um grave acidente. Voltando bem lá atrás, no clássico de Janete Clair, Irmãos Coragem, tivemos Sinhana (Zilka Salaberry) a verdadeira “mãe coragem” uma das melhores representações da mãe brasileira.


Muitas mães controladoras e super protetoras também passaram pela nossa teledramaturgia. Ingrid (Natália do Valle) de Viver a Vida, mais uma mãe da lavra de Maneco, que era ciumenta e se achava no direito de interferir na vida dos filhos e tomar decisões por eles. Outra mãe vivida por Natália do Vale, a Wanda de Insensato Coração, tinha um amor extremo pelo filho Léo (Gabriel Braga Nunes) e era incapaz de enxergar o verdadeiro caráter dele. No fim da história, foi capaz de matar para impedir que o filho fosse parar na cadeia.

Nem só de mães guerreiras e amáveis a teledramaturgia é feita, também tivemos mães desnaturadas e capazes de tudo, até mesmo de desprezar e rejeitar seus filhos. Teve a inesquecível Carminha (Adriana Esteves) do fenômeno Avenida Brasil, que nem quis olhar para filha Agatha (Ana Carolina Lannes) quando esta nasceu, e fazia questão de espezinhá-la o tempo todo por estar acima do peso, enquanto que o filho mais velho, Jorginho (Cauã Reymond) era a única pessoa por quem ela demonstrava um amor sincero. Branca Letícia de Barros Motta (Susana Vieira) de Por Amor, também venerava um dos filhos, mas não escondia a rejeição aos outros dois, a quem ela fazia questão de infernizar. A odiosa Bia Falcão (Fernanda Montenegro) renegou sua filha por duas vezes, uma quando a menina nasceu, e outra quando anos depois descobriu que filha, já adulta era Vitória (Cláudia Abreu) que ela perseguiu durante a novela toda.


Por fim, existem as mães que criaram filhos que não eram seus com todo amor e carinho, provando que mãe é quem cria e não quem põe no mundo. Um grande exemplo dessa mãe está lá nos anos 60, em um dos primeiros grandes sucessos da teledramaturgia brasileira, na novela O Direito de Nascer da extinta TV Tupi, em que o Brasil pode acompanhar a luta da famosa Mamãe Dolores, pobre e negra, vivida por Isaura Bruno, que criou o filho branco Abertinho Limonta, em um mundo cheio de preconceitos. Outro grande exemplo dessa mãe é a nossa querida mãe do lixo de Avenida Brasil, a mãe Lucinda (Vera Holtz) que era moradora de um lixão e dona de um gigante coração, acolhia as crianças que também lá também viviam e as criava com amor e dedicação, de acordo com suas possibilidades.

Além de todas estas mães lembradas aqui, tivemos muitas outras mães marcantes na historiada televisão, e seria impossível lembrar todas aqui. O importante, é que seja na vida real ou na ficção, sejam frágeis, fortes, controladoras, guerreiras, amáveis, sofredoras ou todos estes tipos em um só. Mãe é sempre mãe, o amor de uma para o seu filho representa o amor mais puro e verdadeiro que existe, são as nossas heroínas do dia a dia, que estão sempre ali para dar um conselho ou um abraço e defender com unhas e dentes os filhos, sem querer nada além da felicidade dos mesmos. Mãe, um personagem muito rico para ficção e para vida e formação de qualquer indivíduo.

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