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A figura paterna na teledramaturgia brasileira




Na teledramaturgia brasileira, as mães sempre tiveram papeis marcantes em várias tramas, com um espaço bem maior ao dos pais, mas nem só de grandes mães a teledramaturgia é feita. Diversos personagens representaram muito bem a figura paterna em vários sucessos, e são eles, diferentes tipos de pais, desde aqueles considerados um herói e exemplo a ser seguido pelos filhos, até aqueles que se opõem aos interesses dos mesmos, com quem vive em atrito constante. Aproveitando o dia dos pais, o cabide relembra alguns deles que pintaram na telinha.

Plínio Campana (Herson Capri) em Sangue Bom
Não precisa nem ir muito lá atrás para encontrar pais marcantes. Nas novelas atuais, podemos observar diferentes exemplos. Em Flor do Caribe, Donato (Luiz Carlos Vasconcellos) assumiu um crime cometido pelo filho e passou sete anos na prisão. Em sangue Bom, temos três pais que se destacam: Gilson (Daniel Dantas) que se orgulha da criação que deu ao seu filho biológico Érico (Armando Babaioff), e dos filhos do coração, como Bento (Marco Pigossi) e Jonas (Sérgio Malheiros) que ele criou ao lado da mulher no orfanato que comandava. Temos Wilson (Marco Ricca), o exemplo do pai severo, duro e amargurado que nunca soube lhe dar com os filhos e nem demonstrar seu amor por eles. E por fim, Plínio Campana (Herson Capri), que ama a filha Malu (Fernanda Vasconcellos) mais do que tudo na vida, e que mais do que pai e filha, são grandes companheiros. Em Amor à Vida, temos Bruno, que após uma terrível perda, decide criar como se fosse sua, a menina Paulinha (Klara Castanho), que ele encontrou jogada em uma caçamba e César (Antônio Fagundes), um pai conservador e intolerante, que endeusa a filha Paloma (Paolla Oliveira), mas rejeita o filho Félix (Mateus Solano) por este ser homossexual.

Miguel (Tony Ramos) em Laços de Família
Voltando mais atrás, tivemos pais considerados verdadeiros heróis por seus filhos, com quem sempre tiveram uma relação de amizade, afeto e parceria. Miguel (Tony Ramos) em Laços de família, um viúvo sensível, tinha uma linda relação com o filho Paulo (Flávio Silvino), que tinha problemas por conseqüência de um trágico acidente, o mesmo em que matou sua mulher. Miguel também vivia as turras com a filha rebelde, a imatura Ciça (Júlia Feldens), mas ainda assim tinham muito carinho um pelo outro. Recentemente, tivemos o jogador de futebol Tufão (Murilo Benício) em Avenida Brasil, que criava os filhos da mulher com outros homens, e que os amava como se fossem seus. Era muito bonita a relação que tinha com o mais velho Jorginho (Cauã Reymond) que o considerava um ídolo. Em Top Model, Nuno Leal Maia vivia o surfista quarentão Gaspar, o exemplo de pai que todos adorariam ter, que criava sozinho seus 5 filhos, um de cada mulher, com quem formava uma família unida e feliz.  

Edu (Fábio Assunção) em Coração de Estudante
Também existem os pais de fibra, que com muito esforço criavam os filhos sem as mães. Edu (Fábio Assunção) de Coração de Estudante criava sozinho o pequeno Lipe (Pedro Malta), e os dois tinham uma relação muito especial. O pintor Denis (Marcos Pasquim) de Caras e Bocas vivia no aperto para sustentar seu filho Espeto (David Lucas). Quinzé (Malvino Salvador) em Fina Estampa, abandonado pela mulher, criava o filho Quinzinho (Gabriel Pelícia), de maneira bem humilde e contava com a ajuda de sua mãe.  Em Cheias de Charme, o homossexual Sidney (Daniel Dantas) era o adorável e inseparável “papito” da empreguete Rosário (Leandra Leal), adotada por ele, e por quem torcia sempre.

Emocionante cena em Por Amor: Sandrinha (Cecília Dassi) fazendo seu pai Orestes (Paulo José) fazer as pazes com a irmã Eduarda (Gabriela Duarte).

O sofrimento não é apenas características das mães, muitos pais já sofreram ao longo de tantas telenovelas. O Alcoólatra Orestes - interpretação marcante de Paulo José – de Por Amor, sofria muito com a rejeição da filha Eduarda (Gabriela Duarte) fruto de seu primeiro casamento, que o desconsiderava como pai e tinha vergonha dele. Por outro lado, Orestes tinha a admiração da pequena Sandrinha (Cecília Dassi) que mesmo com os problemas do pai, que sentia um enorme amor por ele. Alex (Marcos Caruso) de Páginas da Vida, foi outro que sofreu muito, apoiou a filha Nanda (Fernanda Vasconcellos) quando ela apareceu grávida de gêmeos, brigava com a mulher para defendê-la e derramou muitas lágrimas quando a jovem morreu no parto e por acreditar que uma das crianças, sua netinha havia morrido. Transferiu o amor que tinha pela filha, para o neto Francisco (Gabriel Kaufmann), a quem se apegou muito. Os momentos de avô e neto eram emocionantes. E como avô é pai duas vezes, podemos considerar também o Afonso Lambertine (Lima Duarte) de Da cor do Pecado, que outrora foi um pai que cometeu muitos erros com o filho Paco (Reinaldo Gianecchini), mas que após chorar a morte dele, se apegou ao seu neto Raí (Sérgio Malheiros), uma relação forte que era das melhores coisas da trama.

Afonso Lambertini (Lima Duarte) em Da Cor do Pecado
A relação entre pais e filhos muitas vezes não são de harmonia. Em escrito nas Estrelas, acompanhamos a dor de Ricardo Aguillar (Humberto Martins), que passou grande parte da trama lamentando a morte de seu único filho, Daniel (Jayme Matarazzo), como quem tinha um relacionamento conflitado por terem ideais diferentes. No clássico Renascer, uma das mais emblemáticas relações entre pai e filho, foi a de José Inocêncio (Antonio Fagundes) com seu filho caçula João Pedro (Marcos Palmeira), a quem culpava pela morte da esposa que morreu o parir, e com quem disputou o amor de Marina (Adriana Esteves) durante a história. A cena que vai ao ar no último capítulo, em que Zé Inocêncio morre nos braços de João Pedro após lhe pedir perdão, é uma das mais memoráveis da teledramaturgia brasileira.

Sandro (Marcos Palmeira) em Cheias de Charme
Muitos dos pais também cometeram erros, e se mostraram longe de serem pais exemplares. Sandro (Marcos Palmeira) de cheias de charme era um tremendo folgado e trambiqueiro, mas era extremamente apegado ao filho Patrick (Nicolas Paixão). Em Senhora do Destino, tivemos Leonardo (Wolf Maya), intolerante não aceitava o romance de sua querida filha Maria Eduarda (Débora Falabella) com o maítre Viriato (Marcelo Antony) morador da baixada Fluminense. Na mesma novela tinha ainda Sebastião (Nelson Xavier), um pai extremamente conservador que tinha conflitos com seus três filhos: Venâncio (André Gonçalves) com quem chegou a romper, Regininha (Maria Maya) quem ele vigiava o tempo todo, e com Eleonora (Mylla Christie) homossexual que vivia um romance com outra mulher.  Ainda em Senhora do destino, tinha Josivaldo (José de Abreu) que abandonou a mulher Maria do Carmo (Susana Vieira) com quatro filhos e grávida de mais um, e sumiu no mundo, para mais tarde, ao saber que a mulher havia enriquecido, voltar de olho na grana.

André (Lázaro Ramos) em Insensato Coração
Pais que nem se imaginavam como um, acabaram tendo que se adaptar a paternidade. Pedro (José Mayer) de Laços de família tinha uma relação de bastante carinho com Camila (Carolina Dieckman) sem saber que ela era sua filha, e mais tarde, além de descobrir que era o pai dela, descobriu ainda que Helena (Vera Fischer) esperava outra criança, para tentar salvar a vida de Camila que lutava contra uma leucemia. O Zé Bob (Carmo Dalla Vecchia) descobre que tem uma filha pré-adolescente em A Favorita, e tem que se virar para aprender a ser pai. O garanhão André (Lázaro Ramos) de Insensato coração, não admitia a hipótese de ser pai, mas acabou se rendendo ao filho que teve com Carol (Camila Pitanga) e se mostrou um pai bem coruja.

Tide (Tarcísio Meira) em Páginas da Vida
Patriarcas de grandes famílias, também marcaram a teledramaturgia. Como o italiano Totó (Tony Ramos) de Passione, pai de quatro filhos que era severo e ao mesmo tempo afetuoso. O Turco Murat (Lima Duarte) de Belíssima, pai de 3 filhos, e cheio de netos, um pai e avô bastante amoroso. E o Tide (Tarcísio Meira) de Páginas da Vida, um paizão que teve seis filhos, e que também tinha vários netos, e adorava sempre reunir toda a família em volta da mesa.

Totó (Tony Ramos) em Passione
Não se pode esquecer é claro da novela Pai Herói de Janete Clair, que simboliza bem a importância do pai na vida de uma pessoa. A novela conta a saga do jovem André Cajarana (Tony Ramos) que tem o pai morto como um grande herói e luta para provar a inocência dele que é tido com um bandido. Além de todos os exemplos de pais citados acima, existem outros inúmeros tipos dentro de nossa teledramaturgia. As mães da ficção, cada vez mais dividem espaço com os pais, que se mostram mais fortes e com papéis mais significantes dentro das histórias, numa representação perfeita da figura paterna, não aquela idealizada, mas do pai que erra tentando acertar, que briga, que desaprova e compartilha, que é severo ou mais liberal, mas que independente de tudo ama seus filhos. Essa é uma homenagem do Cabide aos pais de dentro e fora da ficção, e o blog deseja um feliz dia para todos eles. 

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