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Pesadas críticas à nova geração: uma questão que vai além do gosto.


Por Raul Santos

Sempre ouço fortes e pesadas críticas em relação à nova geração de atores, principalmente da Rede Globo. A grande parte dos telespectadores ligados à crítica da teledramaturgia, não aprovam os novos rostos, e se sentem cada vez mais nostálgicos. Eles apontam que, os novos nomes são desprovidos de talento, e que, por muitas vezes, a beleza é a válvula que faz com que o ator entre para a televisão, e tal fator faz com que consiga sempre novos trabalhos e seja alvo de disputa, enquanto outros permanecem na geladeira, por ser desprovido de beleza. Mas a questão que quero chegar não é essa. Essas críticas estão corretas? Vai além do gosto? Ou mesmo, são críticas preconceituosas com alguns nomes da nova geração?


Entretanto, tenho acompanhado grande parte das atrações teledramatúrgicas, seja atuais ou antigas, e vejo que a geração atual, não está perdida, como tacham. E a nova geração, da década de 80, no início de suas carreiras, não eram grandes atores, como hoje são. Para exemplificar: nas atuais tramas, como Joia Rara, temos Bianca Bin no papel central, renomado nome da nova geração. Ela, não se mostrou eficiente no remake de Guerra dos Sexos, em seu papel de vilã não convenceu. Agora, como Amélia, a atriz mostra uma interpretação eficiente e convincente. O que faz os telespectadores descrerem da nova geração, é a grande exposição, seja nas novelas, ou mesmo, na mídia, como Bianca tem tido. Em Além do Horizonte, para citar alguns atores como Juliana Paiva, que está em uma atuação firme como a protagonista da trama de Carlos Gregório e Marcos Bernstein, vangloriada pelo público adolescente após o sucesso de Fatinha, a atriz não conquistou boas críticas em seu atual papel, pelo público-crítico. Rodrigo Simas, um ator bastante criticado, ao qual acho talentoso. Tais críticas em relação a sua interpretação se devem pelo fator de ser considerado um ídolo teen? O mesmo ocorre com seu irmão, Bruno Gissoni. É uma questão pra se pensar. E Christiana Ubach, que não é exemplo do caso situado de atores com excesso de exposição, não é considerada um grande nome, pelo contrário, até então é indiferente para muitos. Em Água Viva, pude ver Maria Padilha na sua estreia, em que chama mais atenção pelo glamour do que pelo talento. E vendo a atuação de Camila Pitanga em A Próxima Vítima, não imaginaria a atriz que hoje se tornou. Lembrando que, tenho grande apreço por ambas às atrizes.  Elas nunca foram alvo de críticas como os atores mencionados são. A intenção não é a comparação de talento, pelo contrário, critico uma reflexão que acredito que vai além do gosto. Um caso, ainda mais atual, é a escalação do remake de Meu Pedacinho de Chão, de Benedito Ruy Barbosa, Johnny Massaro foi escalado para o papel de protagonista, e vários comentários negativos foram feitos sobre a escalação. O mesmo com Yasmim Gomlevsky que fez sucesso no teatro com a peça Rock In Rio – O Musical, que foi escalada para o papel que foi de Renée de Vielmound. A novela está para estrear ano que vem, mas já descreem do casal protagonista. Mesmo que, os atores não correspondem com o típico físico dos protagonistas da versão original, mas é necessário esperar para não ocorrer um pré-julgamento. Nem que seja, pra se reafirmar.


Acredito que, a nova geração vem sendo criticada negativamente, por muitas vezes fazendo jus. É desestimulante ver bons nomes em pequenas oportunidades, e atores, que são mais modelos, tendo grande destaque em seus papéis. Mas acontece que essas críticas são demasiadas e quase pendem pra generalização. Questões como, ser aclamado pela mídia teen ou se estendendo também pela mídia central, faz com que, crie tal preconceito a esses artistas. Concluindo, tais críticas, não se inclinam apenas para o gosto, um fator subjetivo existente, ao qual é importante pararmos para pensar. Um fator intrínseco e particular, mas que cabe investigar e refletir, que a mídia que inicialmente vista como veículo de vitrine, por vezes, se torna inimiga do próprio ator, e que os mais conservadores, não estão prontos para a diferenciação de um artista da mídia, ao um ator de possível talento.
               

Sobre o autor: Raul Santos tem 17 anos, é estudante do ensino médio pelo IFSP Campus Salto. Mora em Salto, interior de São Paulo, desde que nasceu. Desde infância, é aflorado o seu interesse por dramaturgia e a música. Para ele, é um meio de escape para a agitação da vida humana. Gosta de escrever e também desenhar. Um breve resumo, de um resumo breve da jovem vida.

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