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Num país cíclico como o nosso Rasga Coração é obrigatório

Por Rodrigo Ferraz

Há dramaturgos como Lauro César Muniz, Dias Gomes e Oduvaldo Vianna Filho que escreveram suas realidades dos anos 50, 60, 70... Muito bem, mas como o Brasil é cíclico o texto fica atual, percebendo isso Jorge Furtado transpôs Rasga Coração peça de Vianinha para o cinema. como o nosso Rasga Coração é obrigatório. Escrito em 1974, Jorge Furtado viu  a primeira montagem e saiu impressionado, atualizou pouquíssimas cenas. O diretor quando releu a peça na década passada assim como esse colunista que vos escreve achou que aquele ótimo texto tava datado, o Brasil tava dando certo, com prosperidade e um governo de esquerda aparentemente tava fazendo um bom governo dando uma certa estabilidade para nós, só que poucos anos se passaram e o muitos brasileiros voltaram a ter ideias fascistas e alguns com ideologia próxima ou em prol ditadura, Rasga Coração voltou a ficar atual e Furtado resolveu tirar do papel aquela sua ideia!


Os diálogos certeiros, deixa qualquer espectador assustado e impressionado com a qualidade do texto,  e sua atualidade. Vamos ver o que Furtado e Drica falaram sobre como fazer teatro no cinema??

(Jorge Furtado)


(Drica Moraes)

Existem diretores que transformam pessoas que nem sonham em ser atores em grandes atores, Jorge Furtado como ele mesmo me confessou se considera o oposto, ele chama os melhores e que de preferência sejam amigos  e de fato ele juntou um time de peso. Marco Ricca está impecável, contraditório o personagem muitas vezes apoia o filho, mas repete erros parecidos com o do seu pai, como nossos pais como diria Belchior, João Pedro Zappa faz o papel de Ricca jovem os dois tem trejeitos parecidos e Zappa mostra a cada trabalho que passa mais amadurecimento. por sinal recentemente eles foram pai e filho em Os Dias Eram Assim. George Sauma faz um papel que parece Vianinha escreveu especialmente pra ele, mas o escritor o fez bem antes dele ter nascido. Drica Moraes é Nena, sabe aquela dona de casa que projeta todas suas alegrias na família e em pequenas mudanças de casa? Então eis uma atuação perfeita desse retrato ainda comum, Chay Suede está muito bem vivendo Luca, jovem contestador, em momentos você tem vontade de reprova-lo, outros você apoia, jovens né? O ator de 26 anos convence no papel de 17, Luisa Arraes pra variar bem, Kiko Mascarenhas e Fabio Enriquez dividem o mesmo papel e mandam bem por menor que seja a participação especial. O filme repete parcerias, alem de Zappa e Ricca, Chay e Luisa já foram namorados e irmãos respectivamente em Babilônia e Segundo Sol, Luisa já viveu Drica Moraes no seriado a Formula e Jorge Furtado já havia dirigido Ricca e Drica, e Luisa ele conhece desde a barriga de sua mãe, Virginia Cavendish!


O filme é instigante, ágil, emotivo e com uma trilha sensacional, ao invés de usar as músicas incríveis da época da ditadura, a trilha escolhida com vários nomes e musicas pouco conhecidas! Uma fotografia sensível, que por vezes faz você entrar no buraco da fechadura e ver várias situações. Jorge Furtado que faz séries bem legais pra tv pode aumentar essa história baseada no texto original e fazer uma baseada nesse texto tão rico. 
Essa quinta é a segunda semana em cartaz do filme, corre pra telona, vai por mim... 
Agora pra te deixar mais empolgado segue um trechinho especialmente pra vocês! 


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