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Sete Vidas: E mais uma vez Lícia Manzo encantou o público!

Por Rafael Barbosa


Sete Vidas está em sua última semana e como um fã da novela, eu não poderia deixar de escrever ao menos um texto sobre essa belíssima obra. Bem, sem fazer questão de parecer imparcial (só pra adiantar), pretendendo aqui não só deixar registrado meu contentamento com a trama no geral e tecer merecidos elogios a autora, elenco, direção e toda equipe, mas também especular sobre o que fez com que Sete Vidas desse tão certo.  Em minha opinião mais uma vez Lícia Manzo encantou o público e comprovou seu talento após a estréia bem sucedida como novelista em A Vida da Gente. A trama está prestes a chegar ao fim dando muitos motivos para comemorar, afinal foi muito bem prestigiada. Nas redes sociais, inúmeros fãs já se sentem saudosos.
Lícia não recorreu a nenhum artifício ousado, impactante e apelativo para ganhar o público, muito pelo contrário, este foi conquistado graças ao bom uso de recursos indispensáveis ao gênero e um olhar sensível para as relações humanas, com suas constantes adversidades. Ela voltou em Sete Vidas com um trabalho mais maduro, dando mais leveza ao texto. A história que tem como mote as novas configurações familiares foi das mais interessantes. O modo em que foi apresentada propiciou um leque de possibilidades de conflitos que foram muito bem abordados. A trama teve um teor psicológico, apresentando diálogos e situações que nos permite repensar a vida, as nossas relações e a maneira de encararmos os problemas. Dilemas, sentimentos e dúvidas que são inerentes a qualquer pessoa comum. Isso foi o que permitiu uma forte identificação com o público – Certeza que muitos vestiram a carapuça diante de vários diálogos e situações de Sete Vidas (risos).


Tudo pareceu estar em imensa harmonia durante o tempo todo. Belas imagens acompanhadas de uma trilha sonora bem escolhida e bem colocada, resultado de um casamento perfeito entre texto e direção. Jayme Monjardim consegue transmitir de forma muito competente o universo criado por Lícia em cenas bem realizadas, sempre priorizando o trabalho dos atores e o texto, que sem dúvida é o grande protagonista em uma obra como essa. Aliás, podem achar que estou exagerando, mas me derreto pelo texto de Lícia, dentre os autores que surgiram nos últimos tempos, em minha opinião é o melhor. Lícia escreve com muita verdade e muita propriedade sobre os assuntos a que se propõe discutir. É uma grande observadora do ser humano. Acredito ser essencial para um autor que quer ter uma carreira bem sucedida, ter a sua marca autoral, características que tornem a sua obra inconfundível, o que é saudável para teledramaturgia que pode contar com autores que dialoguem de formas diferentes com o público.  A despeito das comparações com o estilo do veterano Manoel Carlos (de quem sou fã) em que há realmente muitas semelhanças, Lícia se saiu bem nesse sentido. Ela tem o seu diferencial, uma sensibilidade e delicadeza que não se vê em nenhum outro autor, ou seja,  já cravou  sua marca. Já vibro com a possibilidade de vê-la escrevendo uma novela às nove da noite.


 O elenco merece um parágrafo a parte. E sua maioria, os atores e atrizes vestiram a camisa de seus personagens e realizaram um grande trabalho. Não sei dizer qual a melhor atriz do ano até agora, se é Débora Bloch ou Isabelle Drummond, ambas maravilhosas em seus papéis . Domingos Montagner também interpretou de forma irrepreensível o complexo protagonista Miguel. Além de Isabelle, entre os sete irmãos destaco o trabalho de Guilherme Lobo e Maria Eduarda, e merece ser citado o sempre tão criticado Thiago Rodrigues, que dominou bem o certinho Luís, fazendo uma ótima parceria com a diva Regina Duarte, presença ilustre na novela. Além desses, merecem ser mencionados outros nomes como Malu Galli, Cyria Coentro, Ângelo Antonio, Maria Flor, Leonardo Medeiros, Mariana Lima, Letícia Colin, Bianca Comparato e Fábio Herford, todos ótimos.


Há quem diga que a trama tenha problemas, claro, hoje nenhuma novela é unanimidade entre o público, cada um tem a sua forma particular de encarar determinada obra. Não sei analisar de forma tão técnica uma novela, mas com um olhar simples de telespectador considero Sete Vidas uma primorosa novela onde quase tudo funcionou, excetuando-se algum núcleo ou personagem que não vingou e alguns momentos em que a história deu uma desacelerada. Pode haver tramas tecnicamente superiores, mas que talvez não toque o público como Sete Vidas o fez, acho que isso deve ser levado em conta, antes de se pensar em técnicas, estruturas etc.

 Parabenizo Lícia e todos que contribuíram para fazer Sete vidas, que sem dúvidas foi uma ótima companhia nesse período em que esteve no ar. Agora só nos resta acompanhar o restinho de emoções que Lícia reservou para o final e guardar as boas lembranças deixadas por essa deliciosa jornada. E aí, com quem vocês acham que a Júlia vai ficar, Pedro ou Felipe? Sou #TeamFelipe ou melhor, #Julipe! Hehe 

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