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Era uma vez... Um novo jeito de se fazer novela


Por Rodrigo Ferraz


Quando Benedito Ruy Barbosa foi anunciado novamente no horário das 18h com mais um remake, já imaginei uma novela rural bem parecida com as anteriores que foram bem mais escritas pelas filhas do que por ele. Mas Meu Pedacinho de chão que também é baseada em uma novela já escrita pelo teledramaturgo é diferente. O seu texto já não é uma pequena atualização do anterior, é uma novela nova baseada na anterior, como os remakes que Maria Adelaide Amaral escreveu de Cassiano Gabus Mendes ou O Astro nas mãos de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro pra citar exemplos. A trama vai ser curta, pouco mais de cem capítulos e talvez por isso a Globo aceitou um pedido de Benedito;  Luiz Fernando Carvalho na direção, eles que já haviam trabalhado em Renascer, O Rei do Gado e Esperança reeditam a parceria.


Luiz Fernando é dos diretores com a assinatura mais marcante da Rede Globo e em Meu Pedacinho ele deixa isso claro, com inúmeras referências ele e sua equipe da direção de arte criaram uma das novelas mais ousadas da história da emissora. Figurino que remete a brinquedos, cabelos multi coloridos, cenários dos mais criativos. A novela cativa nesses detalhes, o autor que agora conta sua trama com o olhar de duas crianças deixa a novela ainda mais lúdica e especial pra crianças de gosto estético apurado.


Juliana Paes se confirma como uma grande atriz e é um dos maiores destaques do elenco. Alem dela, posso citar as carismáticas crianças: Geytsa Garcia e Tomás Sampaio e os mais experientes Rodrigo Lombardi, Ines Peixoto, Irandhir Santos, Emiliano Queiroz, Flavio Bauraqui, Bruna Linzmeyer...  Essa última por sinal definitivamente é das mais encantadoras atrizes de sua geração. Apesar de muito talentosos, dois equívocos de escalação são Antonio Fagundes e Osmar Prado, o primeiro por que está com a imagem extremamente fresca de Amor à Vida, desde Insensato Coração o ator não passa um ano sem novela no ar e em grandes papéis, agora pelo menos o papel é menor, mas não ruim, porém o ideal seria outro ator mesmo. Osmar Prado apesar de fazer um bom Coronel Epaminondas não dá pra não comparar outros papéis que o ator já viveu nas mãos do próprio autor, como nas novelas  Renascer e Sinhá Moça. Seria inesquecível ver Ney Latorraca no papel como pretendiam no começo das escalações.


A Globo merece os parabéns pela ousadia na trama, que como bem disse Benedito Ruy Barbosa no Estado de São Paulo: “Ou vai ser um sucesso total ou vai ser um desastre desgraçado” e eu torço muito pelo sucesso para encorajar a emissora dos Marinho a investir sempre em novidades.




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