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ENTREVISTA com Domingos Meira e Munir Kanaan responsáveis pelo curta "Hospital Feliciano Maravilha"



Foi lançado ontem o curta "Hospital Feliciano Maravilha" na internet, que já está espalhando como um viral e agradando geral. O filme é uma sátira do tão falado projeto de "Cura Gay", foi feito em parceria com a Gengibre Multimídia do Munir Kanaan, uma produtora do Rio que está começando a produzir vídeos em São Paulo, dirigido pelo multifacetado Domingos Meira e com a produção do meu amigo e colunista desse site Rodrigo Ferraz. Abaixo confira o filme e a entrevista com Domingos Meira (diretor) e com o Munir que além de roteirizar, interpreta o paciente.

Munir Kanaan
Como surgiu a ideia do roteiro filme?
Munir Kanaan:
A ideia do filme surgiu inicialmente como todas as outras: vontade de escrever humor com conteúdo. Como disse Chico Anysio “o humor faz até rir”, ou algo assim... Ele queria dizer que o humor tem muitas outras funções.
O assunto “cura gay” é tão absurdo que por si só já é um esquete de humor. E o absurdo é a forma mais instigante para se explorar a dramaturgia cômica. Juntando esses aspectos com a relevância atual do tema e minha posição a respeito, acordei e, antes mesmo de me levantar da cama, coloquei o laptop no colo e escrevi o roteiro.

Como funciona a Gengibre Multimídia?
Munir Kanaan:
A Gengibre Multimídia é um polo criativo de produção de conteúdo autoral e algumas prestações de serviços, principalmente em motion graphics. Já produzi outros vídeos para o YouTube, sem dúvida a série “WC, Wanderlei Cardoso” fui um grande sucesso. Foi exibida em dois grandes festivais e teve milhares de visualizações. Mas você já não encontra mais a série disponível no YT, pois “matei” o canal para relançar os vídeos dentro um projeto transmidia mais estruturado, junto com outras séries autorais e com fôlego de continuidade na produção. No momento não tenho pretensões de fazer esquetes. “Hospital Feliciano Maravilha” foi uma brincadeira, uma produção às pressas, do jeito que deu, sem nenhuma pretensão.

Munir Kanaan:
(acabo de saber que o vídeo foi bloqueado para menores de 18 anos, pode?!)

Fale sobre sua carreira. Quais são seus projetos futuros?
Munir Kanaan:
Estudo sobre internet já faz cinco anos, ministrei palestras sobre conteúdo web, fui convidado para painéis de debates, cantei muitas bolas que estavam pra rolar e rolaram. Hoje busco parceiros para contribuírem com os projetos transmidia da Gengibre (parceiros, investidores, patrocinadores, produtores), pois muita coisa ainda vai mudar com a convergência das mídias (mesmo!) e não estou mais afim de ver gente saindo na frente com algo que falei lá atrás. O “Porta dos Fundos”, fenômeno altamente justificado, apenas preencheu um buraco que a “própria web” não acreditou que demoraria tanto aqui no Brasil (isso é outro papo).

Minha formação é teatral, mas atualmente o meu maior envolvimento é com a web. Aqui na produtora 100% dos projetos são de novas mídias, alguns de dramaturgia, mas temos muitos outros que vão além.

Como ator estou aguardando o lançamento do filme “As Fantásticas Aventuras de um Capitão”, direção do grande Marcos Jorge, diretor do Estômago. Tenho grandes expectativas com esse filme, meu papel é de destaque e compartilho a experiência ao lado de um elenco maravilhoso. É mais ou menos isso, sou ator, sou Gengibre, sou Multimídia. Acredito piamente que o artista contemporâneo deve se produzir, os veículos estão aí. 

Domingos Meira
Como aconteceu o projeto Hospital Feliciano Maravilha?
Domingos Meira: Então, a ideia é formar um grupo e produzir para internet. Mas como a ideia exigia urgência, passamos reto em muitos protocolos... A ideia é do Munir Kanaan, e dono da Gengibre Multimídia, mas o vídeo não é só da Gengibre, ele nasceu da aliança da Gengibre comigo, com o Rodrigo Ferraz, que conseguiu um hospital e ajudou na produção e do Bruno Autran, que além de arrasar como médico, ainda cedeu quase todo o equipamento.

Pretendem continuar com os curtas?
Domingos Meira: É certo que vamos continuar fazendo curtas pra web, sem NENHUM recurso ou apoio público e privado. Na raça mesmo!

Como foi a rotina de produção? Quanto tempo durou?
Domingos Meira: Foi tudo feito em tão pouco tempo... a ideia surgiu numa segunda, sete dias depois estávamos gravando. TUDO foi filmado em pouco mais de quatro horas. Para não perder a carona do assunto em evidência, não teve tempo de ensaiar, planejar ou cuidar de cada detalhe, como deve ser. Em menos de 14 dias o filme estava montado e publicado. Montamos 3 versões diferentes do vídeo. A versão escolhida foi montada pelo Munir e finalizada pela sua esposa Barbara, um trabalho hercúleo feito em tempo recorde! Para se ter uma ideia das dificuldades que enfrentamos, a equipe era tão reduzida que além de dirigir o vídeo, eu  fiz o papel de assistente geral, tendo montado, desmontado e trocado o cenário diversas vezes... trabalho pesado! Quem fez o som foi a minha namorada mariana saraiva e a Barbara (esposa do Munir), ambas fora de suas áreas, no total improviso! O resultado vem agradando geral... O humor não pode ter restrições para fazer rir... Essa é a grande vantagem da web, poder fazer algo sem auto-censura, sem hipocrisia ou qualquer outra regra imposta pela mídia convencional. Falta isso no Brasil! Os EUA tem séries super pesadas, que ridicularizam o governo ou temas considerados tabus e são veiculadas na TV, exercendo a real liberdade de expressão: "Southpark, Família da pesada, That 70's show, etc. Coisa que aqui não ocorre... Um humorista tem que ter cuidado com as piadas para não ser processado ou perder o emprego. A web permite a vazão deste tipo de humor, que explora os temas em evidência, sejam eles políticos, sociais, ou pessoais. Uma piada precisa do riso para existir por completo. Piada sem riso é como uma obra prima de arte guardada num porão. Eu pretendo continuar fazendo piada com tudo, sem medo da censura ou de não agradar. Fazer rir é mais difícil do que fazer chorar, imagina se houverem restrições... É isso, aguardem que vem mais por aí!


Sem mais enrolações, confira o vídeo que está virando hit.


Elenco:
Paciente - Munir Kanaan
Médico - Bruno Autran
Enfermeiro - Pedro Henrique Moutinho
Médica - Paula Franco
Mulher do Paciente - Tais Rossi

Roteiro: Munir Kanaan
Direção: Domingos Meira e Munir Kanaan
Fotografia: Paulo Furtado
Som direto: Barbara Coimbra e Mariana Saraiva
Montagem: Munir Kanaan
Motion Graphics: Barbara Coimbra
Edição de som e mixagem: Nerval Filho
Produtor: Rodrigo Ferraz
Assistente de produção: Tais Rossi
Figurantes: Rodrigo Ferraz, Lara Morais e Stefania Salviati
Trilha Sonora: Anitta - Show das Poderosas
Agradecimento: Equipe do Hospital

Apoio: Alizée
www.alizee.com.br

Uma produção Gengibre Multimídia
www.gengibremultimidia.com

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